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O HOMEM DO AEROTREM

ANA BEATRIZ RESENDE, terceiro semestre

TAIS GODOY, terceiro semestre

 

Os trens estão presentes na vida de Levy desde os seus sete anos, quando ganhou um Ferrorama no programa de Neide Aparecida e Carequinha. Parece que seu destino foi traçado neste dia. Desde então, ele luta pela construção do Aerotrem, marca de sua campanha há anos.
Nascido em 27 de dezembro de 1951, em Mutum, Minas Gerais, José Levy Fidelix da Cruz é candidato à prefeitura de São Paulo pelo partido que ele mesmo fundou, o PRTB (Partido Renovador Trabalhista Brasileiro).
Levy, em todas as suas aparições na mídia, mostrou que seu bigode farto e tingido de preto (coloração sugerida por sua esposa, Odinéia) não está de brincadeira. Desde que começou sua carreira no primeiro programa de informática do País, chamado “Informatika”, mostrou sua relação passada com a tecnologia, e presente com o aerotrem.

Mesmo não tendo o ensino superior completo, iniciou a vida acadêmica professor em 2006 na FACMAR (Faculdade de Marketing) no Espírito Santo e hoje, na FAESA (Faculdade Espírito-santense de Administração). Foi fundador das revistas “Interface” e “Governo e Empresa”, além de ter sido colunista dos jornais “Correio da Manhã” e “Última Hora”, no Rio de Janeiro, e da Revista Propaganda e Marketing em São Paulo.  Enquanto espera sua chance na prefeitura, fora do âmbito acadêmico, revive sua época de jornalista como redator.
Há 14 anos, quando tentou pela primeira vez o cargo de prefeito, Levy aposta na ideia do “moderno Aerotrem” e já soma seis candidaturas aos mais distintos cargos – e nenhuma vitória – no currículo.
Bigodudo desde sempre e careca desde a entrada na vida política, Levy é um tipo falante, com incrível agilidade com as palavras. Seu peso parece ser tão grande quanto sua convicção e gesticulação enfática.
As ceroulas que Levy veste são para disfarçar a barriguinha que esconde em seu terno, no entanto, ele promete não esconder nada de seus eleitores, como fez quando declarou seu patrimônio para o TSE ainda neste ano. O valor total de seus bens é de R$ 410.711, um pouco mais do que o valor de um apartamento de classe média.
O candidato divide a maioria de sua agenda deste ano com representantes de instituições, outros candidatos e a grande mídia. Tem pouco contato efetivo com o povo nas ruas, somente panfletando em regiões escolhidas a dedo por sua equipe.
Sua assessoria é muito simpática e pouco eficiente, pois, enquanto candidato, não responde dúvidas enviadas sobre sua campanha e nem sobre ele. Todas as informações pessoais de Levy foram retiradas de um episódio do CQC em 2010, quando o próprio candidato deu entrevista.
Ainda que ele diga em suas propagandas que não acredita nas pesquisas “pré-eleições”, o candidato nem ao menos aparece nelas. Ou seja, o povo não o cita em nenhum momento, não há mínima intenção de votar em Levy. Não há intimidade entre a população e Levy.

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