PELA EDUCAÇÃO
VINICIUS COSTA MARTINS, terceiro semestre
Carlos Alberto Giannazi tem uma trajetória de vida marcada por lutas no campo da educação. Nativo do Jardim Primavera, na Zona Sul, Giannazi frequentou a Igreja Católica, lugar onde teve acesso às CEB (Comunidades Eclesiais de Base), importante movimento popular católico. Giannazi, que já tinha sido professor de escola pública, ingressou também nos núcleos de alfabetização e educação com Paulo Freire, também participando da fundação do PT, partido no qual militava via doutrina da teologia da libertação. Organizou movimentos de “Sem Vagas” na escola, demonstrando a má administração das escolas públicas em parte da Zona Sul.

Em 98, quando era diretor da escola municipal Miguel Vieira, brigou com o governo para realocar a um galpão vazio do INSS mais de 400 crianças que estavam na fila de espera para conseguir uma vaga escolar. Com sucesso, Giannazi viu sua carreira política começar a deslanchar. Foi eleito vereador pelo PT dois anos depois, mas saiu do partido em 2001 devido a um voto contrário a seu partido num projeto que reduziria a verba destinada à educação. Foi quando ingressou no Psol, partido pelo qual foi eleito deputado estadual em 2006 com cerca de 50 mil votos e reeleito em 2010 com 100 mil.
Feitos na vida pública
Giannazi apresentou diversos projetos para o setor educacional. Entre eles figuram o fim da superlotação das salas de aula; a criação de ETECs nas áreas de alta demanda social; transporte gratuito para alunos que estudam distante de suas casas; Escola Cidadã (projeto desenvolvido quando ainda era diretor da escola Miguel Vieira); redução do preço da carteira de passe escolar, projeto constituido com participação da sociedade civil; o Observatório Municipal da Demanda Escolar; a campanha “Criança Fora da Escola É Crime”.
Presidiu a CPI da Educação, pedindo a suspensão dos direitos políticos de Paulo Maluf e Celso Pitta por desvios na Educação na ordem de R$ 1,6 bilhão e o fim das escolas de latinha.
Propôs a CPI dos Bancos – da qual foi vice-presidente -, investigando indícios de irregularidades fiscais de instituições financeiras que deixam de repassar aos cofres de São Paulo quase R$ 1 bilhão anuais referentes ao ISS. Também fez o requerimento de instalação das CPIs da Segurança Pública, do DPME e do Poder Judiciário.
Propôs a limitação de pedágios e o fim da cobrança de taxas de estacionamentos em shoppings, hospitais e supermercados; o aumento do vale-refeição estadual aos funcionários públicos; a reestruturação das DPME (Departamento de Perícia Médica Estadual); a criação das subprefeituras; dos Conselhos de Representantes; o fim do Tribunal de Contas do Município; e proteção dos direitos à liberdade de orientação sexual e religiosa.
Principais propostas
Choque de Democracia - Incentivar ampla participação da sociedade na tomada de decisões importantes para a cidade com a eleição direta para subprefeitos e a criação de Conselhos de Representantes, combater a corrupção e substituir os cargos de confiança por técnicos especializados.
Direito à Cidade de Todos - Projeto que promete uma política urbana de maior integração social a partir de investimentos na infraestrutura, programas habitacionais e transportes públicos e ocupando imóveis desocupados das áreas centrais com moradia; Direitos Humanos e Diversidade, combatendo todo tipo de discriminação, assim como a necessidade de um Estado Laico.
Meio Ambiente - Instaurar um viés ambiental nos Planos Diretores garantindo a sustentabilidade social e ambiental na cidade.
Cultura - Valorização da diversidade cultural a partir de um acesso mais democrático à cultura, também incentivando sua participação a partir rádios comunitárias , universalização do acesso à Internet, viradas culturais periódicas nos bairros, entre outros. Criação da editora e gravadora pública municipais.
Transporte - utro modelo de transportes, onde Transporte público com veículos sobre trilhos, metrô e trem são as prioridades, em segundo plano os corredores de ônibus, bilhete único e funcionamento da rede metroferroviária24 horas e o incentivo do uso de.uso de bicicletas colocando bicicletários em terminais de ônibus, metrô e CPTM;
Orçamento - Pagar a dívida social histórica por meio da suspensão da dívida com a União usando um diferente índice de correção de dívida. Combater a sonegação via promoção de concursos para a promotoria pública e instauração. Descentralizar a verba pública pelas subprefeituras.Voltar com o Orçamento Participativo incentivando a participação da população com conselhos e plebiscitos.
Educação - Mais concursos para todas as áreas da educação. Dobrar o salário dos professores, fazendo com que não tenham que se dedicar à mais de uma escola. Voltar com os 31% de investimento vindos da arrecadação municipal sem tirar os 6% já destinados a programas assistenciais. Restituir os 25,32% retirados por Paulo Maluf. Implementar um Plano de Carreira. Duplicação do investimento em creches, assim como a introdução de um serviço noturno. Reduzir o número de alunos para até 20 por professor na educação infantil, 25 no ensino fundamental e 35 no ensino médio. Abrir mais salas de EJA (educação de jovens e adultos).
Saúde - Aumentar as verbas. Construir mais hospitais, UBSes e AMAs – uma UBS para cada dez mil habitantes - . Investir nos servidores da Saúde, nos enfermeiros, nos médicos, nos funcionários técnico administrativos e fortalecer o programa Saúde da Família.
Segurança pública -> Investimento social para prevenção e diminuição da violência com a criação de áreas de lazer e cultura, defender os direitos sociais banindo a política de “higienização” do governo Kassabs e valorização da Guarda Civil Metropolitana.